quarta-feira, 2 de junho de 2010

Entrevista a Luíz Vaz de Camões



Luís Vaz de Camões
Camões nasceu em 1524 ou 25, provavelmente em Lisboa, filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá, e fez os seus estudos em Coimbra.
Em Lisboa, participou com diversas poesias nos divertimentos poéticos da corte, relacionando- -se com damas de elevada situação social, levando uma vida boémia.
Foi preso devido a uma rixa de rua no Rossio, em Lisboa tendo sido deportado para a Índia.
Foi também lá, mais especificamente em Goa, que escreveu grande parte da sua obra.
Chegou a Lisboa em 1569 e publicou Os Lusíadas, em 1572, graças a alguns amigos próximos do rei D.Sebastião. Este atribuí-lhe uma tença exígua, como recompensa pela publicação da obra.
Morreu em 10 de Junho de 1580.

Terminada a biobliografia de Camões, nada melhor que conhecê-lo pessoalmente, para ficarmos a saber um pouco mais sobre este homem das letras. Enquanto estava a passear pela linda praia de Constância encontrei o poeta Luís de Camões a admirar o rio Tejo e a escrever um poema. Perguntei-lhe se teria disponibilidade para responder a algumas perguntas para um trabalho escolar, requerido pela professora de Português. Luís de Camões anuiu e comecei a entrevistá-lo.


João Cravo - Camões, quer desvendar o mistério do dia do seu nascimento?
Luís de Camões - O dia do meu nascimento, moura e pereça,/não queira jamais o tempo dar,

J.C. - Foi feliz no amor?
L.C.- De amor não vi senão breves enganos (...)

J.C. - Já que o “Amor” foi um grande tema da sua lírica, dê-nos uma frase que defina o Amor.
L.C. - Amor é fogo que arde sem se ver. /É ferida que dói e não se sente.

J.C. - Acha que qualquer um de nós poderá entender os seus poemas de amor?
L.C. - E sabei que, segundo o amor tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos!

J.C. - Diz-se que foi um fervoroso amante. O que mais o fascinou na mulher?
L.C.- Um mover d’olhos brando e piadoso/
(…) um riso brando e honesto/
(…) um doce e humilde gesto/
(…) brandura/(…) ar sereno.

J.C. - Recorda-se de algum momento particular de dolorosa separação?
L.C. - Aquela triste e leda madrugada,

Cheia de mágoa e piedade,
(...)


J.C. - O que recorda com mais carinho da sua permanência no Oriente?
L.C. - Aquela cativa
Que me tem cativo,
Porque nela vivo
(...)/

(...)
Rosto singular,
Olhos sossegados,
Pretos e cansados,
(...)
Pretidão de Amor,
Tão doce a figura,

J.C. - O que pensa do mundo em que viveu?
L.C. - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

J.C. - A que atribui o balanço negativo que faz da sua vida?
L.C. - Erros meus, má fortuna, amor ardente (...)

J.C. - Obrigado por me ter cedido um pouco do seu tempo para o podermos conhecer melhor.
L.C. -A minha vida tem sempre um pouco mais para desvendar.

Luís Vaz de Camões foi considerado como um dos melhores na sua área, a literatura. Hoje em dia é visto como um símbolo da nação portuguesa. Deixou bem claro o seu lugar na história, ao escrever a epopeia Os Lusíadas, obra que exalta os feitos gloriosos dum povo e conta as peripécias da viagem de Vasco da Gama à Índia. Nesta entrevista, o poeta realçou a dureza da sua existência, atormentado pelos amores, os erros e a má fortuna. Deu também grande destaque ao amor, pois foi um homem de paixões, factor que provavelmente terá sido determinante na vida infeliz que levou.


A entrevista correu segundo as expectativas predefinidas por mim, sem qualquer interrupção e desentendimento entre o entrevistador e o entrevistado, num ambiente natural.


Trabalho realizado por:


João Cravo, nº11 - 10ºA

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