sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A Revolta de 31 de Janeiro de 1891

No início do séc. XX, o Mundo passou por grandes transformações, que também afectaram Portugal. Desde finais do séc. XIX, a divulgação das doutrinas socialistas e republicanas ameaçavam o regime monárquico português.
Foram escritos artigos de opinião, fizeram-se comícios, panfletos e outras manifestações de cariz patriótico de iniciativa dos republicanos. Por exemplo, a estátua de Camões em Lisboa foi coberta de luto e em Março de 1890 foi cantada pela primeira vez a marcha republicana “ A Portuguesa”, hoje Hino Nacional.
A Revolução Republicana tinha por principal objectivo melhorar a vida dos cidadãos e modernizar o país. Sabemos hoje que este regime não se mostrou capaz de resolver de imediato os problemas que afectavam Portugal. Durou 16 anos e durante esse período tivemos 45 governos. Mas este acontecimento da nossa história teve vários antecedentes. Hoje trataremos da Revolta de 31 de Janeiro de 1891.
Esta Revolta aconteceu na sequência do Ultimato Inglês de 1890 que “obrigou” Portugal a desistir dos territórios em África a favor de Inglaterra, cedendo assim às ameaças deste país. Para muitos portugueses este acto foi entendido como uma cobardia, culpando o Rei (e a Monarquia) de não defenderem o interesse de Portugal.
Como em História os acontecimentos sucedem-se alternando causas e consequências, esta Revolta de 31 de Janeiro de 1891 ocorreu na cidade do Porto e tinha como objectivo derrubar a Monarquia pois o país estava com grandes dificuldades financeiras e o rei era considerado o grande culpado, pois embora já se tenha outra opinião de D. Carlos, na altura era acusado de passar mais tempo em viagens e caçadas do que a cuidar do Reino, desacreditando assim a Monarquia.
Nesta madrugada do 31 de Janeiro de 1891, no Porto, a Guarda Municipal comandada pelo major Graça, que se tinha retirado ao ver chegar a Infantaria 10, voltava e cercava o Campo de Santo Ovídio. Quando se aproximavam puderam mostrar como os rebeldes estavam isolados pois alguns militares sabiam desta rebelião há alguns dias. Queriam ver-lhes a força. Do lado da revolta, a atitude não era a de quem se ia preparar para vencer, mas antes reflectiram o “clássico fatalismo” de quem se precipitara. Por exemplo, o Tenente Coelho, aconselhado a desistir por estar em “má situação” apenas respondeu: “O passo está dado, agora só tenho de seguir”.
Os civis prolongaram a revolta para além da descrença dos militares. Os estudantes também invadiram o Campo de Santo Ovídio aos vivas à República e ao Exército, abraçando sargentos. Um grupo deles arrombou a porta do Quartel de Infantaria 18. Santos Cardoso com outros entrou no quartel e com a sua retórica ameaçou os oficiais de que seriam expulsos do Exército pelo Governo da República e contou-lhes que o rei já tinha saído do país. Aparentemente os oficiais ficaram convencidos e prometeram aderir. Pode-se dizer que foi nesta altura que a revolta começou de facto, pois subitamente pareciam estar disponíveis um Coronel e muitos oficiais, que misturados com os populares e acompanhando a Infantaria 10 a tocar “A Portuguesa”, descera da Rua do Almada e ocuparam a Praça D. Pedro. Isto passou-se por volta das seis da manhã. Havia gente vestida à pressa nas janelas dos edifícios, espreitando os acontecimentos. Os Paços do Concelho foram invadidos e uma bandeira foi hasteada por Santos Cardoso. Alves da Veiga fez um grande discurso de que ninguém parece ter percebido nada, até que o “velho” Felizardo de Lima, o mandou calar. Sem mais cerimónias o actor Miguel Verdial tirou-lhe das mãos a lista do Governo da República para o ler. Nessa lista os nomes eram acompanhados pelas profissões: Professor Rodrigues de Freitas, Desembargador Bernardo Soares, o Banqueiro Licínio Pinto, etc., etc.
Eram sete e meia da manhã. Rapidamente todos se aperceberam que embora tivessem governo, faltava terem país que governassem, e que não era permanecendo ali, cercando a Praça D. Pedro, que o haviam de arranjar. Continuaram a tentar mobilizar militares e populares mas em vão. Por volta das dez, dez e meia da manhã a revolução tinha acabado.
Os portuenses de sono mais pesado descobriram ao acordar que durante 3 horas tinham dormido sob a República. Excepto a Guarda Municipal e a bateria da Serra do Pilar, ninguém mais combateu os revoltosos que acabaram derrotados por forças numericamente inferiores.
Daí que ainda hoje quando alguém arranja um problema ou se mete em alguma confusão se diga em linguagem popular que: “Arranjaram um Grande Trinta e Um”.


Prof.ª Graça Seixas, Grupo de História da ESAR

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010


A equipa d'O Alves deseja a toda
a comunidade escolar um

Feliz 2010!!!


A sociedade na época de NATAL

Hoje em dia, a ideia que temos acerca do Natal divide-se em duas grandes crenças: a crença cristã que engloba a tradição da celebração do nascimento do menino Jesus e a crença do Pai Natal que consiste na idealização de uma figura que representa tudo o que há de inocente e bondoso na forma de um senhor gordo, vestido de vermelho e já com uma certa idade. Sem dúvida alguma, a primeira tem vindo a perder popularidade em prol da segunda uma vez que à medida a que a sociedade se vai modernizando descrê numa série de ideais bastante venerados e protegidos pelos nossos antepassados.
A Ciência, como todos sabemos, é a responsável por esta modernização do mundo e das sociedades, uma vez que as menos desenvolvidas dão mais importância ao que acreditam por geração do que ao que lhes é provado.
A maior parte das casas portuguesas fazem a árvore de natal, um presépio e talvez pendurem um Pai Natal ou a figura do meino Jesus nas janelas. O tipico Pai Natal, que a Coca - Cola vestiu de vermelho, é a ideia principal passada às crianças hoje em dia, que conforme vão crescendo se vão apercebendo que as prendas provêm de lojas como a Toys’R’Us e não da fábrica dos duendes; o menino Jesus que nasceu nas palhinhas de uma manjedoura, rodeado pelo gado e por São José e Nossa Senhora que recebeu ofertas dos Três Reis Magos, é a ideia cristã passada às crianças que frequentam a Catequese.
Ora, sendo assim, enquanto que para uns a noite de 24 de Dezembro é quando o Pai Natal faz a distribuição das prendas por todas as casas do mundo, para outros, é a noite em que Nossa Senhora deu à luz o Salvador do Mundo.

Perú? Bacalhau? Cabrito? Qualquer um! Desde que se passe a noite de barriga cheia...
Meia-noite? Manhã de 25 de Dezembro? Qualquer uma! Desde que se abram as prendas.
É importante referir que a Ciência por si só não pode corroborar toda a esperança e toda a crença que existe nas pessoas. Talvez o conseguisse, como se tem vindo a verificar ultimamente, mas não o deve fazer. Isto acontece porque todas as pessoas, e sublinho, todas as pessoas têm de ter algo em que acreditar para assim conseguirem ter um “apoio” quando cometem erros nas suas vidas. Como alguém chegou a proferir, “todos nós acreditamos em Deus, nem que seja quando estamos sozinhos no escuro”.
É também importante referir o dinheiro que se perde e que se ganha neste pico de consumismo anual. Seja comércio local, tradicional ou grandes centros comerciais, todos lucram com o facto de “a prenda” ser obrigatória para os amigos. Em tempos, as prendas eram dadas porque se gostava das pessoas, ou porque, de alguma forma, gostavam de retribuir a amizade e a dedicação dos laços existentes. Hoje em dia, já não compramos porque gostamos de alguém, compramos por dever. O dar costumava ser um acto involuntário, agora quem recebe sente o dever de dar.
Infelizmente, diariamente perde-se muito tempo a pensar e pouco a sentir, tal como Fernado Pessoa preconizava, e isto tem vindo a tornar o Homem superficial e frio.

Sara Silva, 12º D








Um conto de Natal

Era uma vez dois meninos que na véspera de natal esperavam ansiosamente pelo meia noite, pois queriam ver o Pai Natal. Eles não queriam sair de ao pé da janela, mas a mãe chamou-os para jantar e eles,contrariados, lá tiveram de ir. Jantaram bacalhau com batatas, e depois voltaram para o pé da janela. Cada cinco minutos pareciam uma eternidade. Foi então que se sentaram no sofá. Estavam tão cansados, que acabaram por adormecer. Nos seus sonhos estavam ao pé da janela a ver as estrelas, até que... ouviram um barulho na chaminé.
Correram até à árvore de natal e repararam que estavam lá presentes e disseram:
- “O Pai Natal esteve aqui! Vamos ver a chaminé!”
Quando lá chegaram, espreitaram para a chaminé e viram qualquer coisa grande, gorda, vermelha e com barbas brancas e disseram:
- “É o Pai Natal!”
- “Ajudem-me meninos!” - disse o Pai Natal – “Estou preso!”
E os meninos perguntaram-lhe: “ Como é que ficou aí entalado?”
- “Sabem meninos, hoje de manhã acordei e pensei, tenho de ir fazer exercício físico.” – respondeu o Pai Natal.
- “Então, e não foi?” - perguntaram eles.
- “Não, fiquei a ver os meus desenhos animados preferidos.”- respondeu o pai natal.
- “Tudo bem, mas e agora? Como é que te tiramos daí?” – perguntaram os meninos.
- “Têm de ir buscar um alfinete e depois têm de me picar!” – exclamou o pai natal.
- “Ok.” – afirmaram os meninos.

Eles foram buscar os alfinetes e quando voltaram disseram:
- “Isto vai doer, Pai Natal!”
- “Eu sei.” – afirmou ele.
Os meninos picaram-no e o Pai Natal voou da chaminé e disse:
- “Ho... Ho...Ho... Obrigado meninos e Feliz Natal!”
Quando acordaram, já era de manhã, estavam um pouco tristes por não terem visto o Pai Natal na realidade, mas por outro lado, aquele sonho parecia tão real...


Ana Gomes nº1 , 7ºB

Ano lectivo 2009/2010



A Christmas Tale



Once upon a time, on Christmas Eve, there were two boys anxiously waiting for midnight. They wanted to see Santa Claus. They did not want to be away from the window, but their mother call them for dinner and they had to go. They ate cod with potatoes for dinner, and then returned to the window. Every five minutes seemed like an eternity. Then they sat on the couch, they were so tired that, eventually, they fell asleep. In their dreams they were near the window looking at the stars, when suddenly they heard a noise in the chimney.
They ran up to the Christmas tree and noticed that there were presents there and they said:
- “ Santa Claus was here! Let's see the chimney! “
When they got there, the chimney was lurking and they saw something big, fat, red and white- bearded and said:
- “It's Santa Claus!”
- “Help me boys!” - said Father Christmas – “I'm stuck!”

And the boys asked – “How did Santa Claus get stuck?”
- “You know boys, this morning I woke up and I thought I had to do some exercise. “– replied Father Christmas.
- “So, what happened?” - They wondered.
- “I didn’t go. I was watching my favourite cartoons” , replied Father Christmas.
- “Okay, but what now? How do we get up there?” - Asked the boys.
- “ You have to go get a pin and then you have to poke me!” - Exclaimed Father Christmas.
- “Okay” - said the boys.
They found some pins and when they returned they said:
- “This will hurt, Father Christmas!”
- I know. - Said the Father Christmas.
The boys poked him and Father Christmas flew home from the chimney and said:
- “Ho ... Ho ... Ho ... Thank you and Merry Christmas boys!”
When they awoke, it was already morning. They were a little sad because they hadn’t seen Father Christmas in reality, but on the other hand, that dream seemed so real ...



Ana Gomes nº1 , 7ºB
Ano lectivo 2009/2010